Filme sobre amizade entre menino e lobos tem bela fotografia e roteiro fraco

O francês Nicolas Vanier levou sua experiência do mundo dos documentários para filmar a aventura de Sergeï (Nicolas Brioudes), um jovem de uma tribo nômade criadora de renas nas montanhas geladas da Sibéria.
Após a “aposentadoria” do ancião do grupo, o honroso cargo de protetor do rebanho passa para Sergeï. A função exige um isolamento da tribo por um determinado período já que é preciso levar as renas para outra região, em busca de novas pastagens.
Mas sua principal missão é proteger o rebanho dos ataques dos lobos, caçadores de cervos e inimigos mortais dos homens naquele território há séculos, como fica claro já no prólogo.

Loup oferece aos espectadores belíssimas imagens e a possibilidade de contemplar incríveis paisagens intocadas pelo homem – a cena das renas subindo a montanha de gelo é mágica. Mas fica claro que a impressionante fotografia serve para preencher o roteiro simples (escrito pelo próprio diretor e por Ariane Fert).

O longa também desliza no terceiro ato, quando a narrativa fica enrolada justamente quando acontece o dilema: sacrificar os lobos, que agora cresceram e se tornaram uma ameaça real ao grande patrimônio da tribo, ou enfrentar seu pai e os demais integrantes do clã?

É a onipresente hipocrisia humana, esteja ele num arranha-céu de uma metrópole ou isolado nas montanhas congeladas da Sibéria.
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