quinta-feira, 7 de julho de 2011

CILADA.COM - CRÍTICA

Cilada.com é comédia romântica politicamente incorreta

Depois de cinco temporadas no canal a cabo Multishow (de 2005 a 2009) e de ter virado quadro no Fantástico, o seriado Cilada, criado e protagonizado por Bruno Mazzeo, chega aos cinemas brasileiros com o assunto do momento: a internet.

Enfurecida após ser traída diante de todos os convidados de uma festa de casamento, a namorada (Fernanda Paes Leme) de Bruno posta no “Intube” um vídeo íntimo do casal, revelando que o desempenho sexual do rapaz dura cerca de 12 segundos.

É claro, o vídeo se espalha na rede mundial, vira febre e até ganha remixes funk, tornando a vida do protagonista um inferno. Como acontecia na versão televisiva, o roteiro do próprio Mazzeo – em parceria com Rosana Ferrão – mostra as confusões pelas quais passará o protagonista, porém como é um filme, Bruno precisa de um objetivo antes de subirem os créditos: reconquistar a namorada.

Portanto, Cilada.com é uma comédia romântica recheada de piadas e situações politicamente incorretas, algumas vezes beirando o mau gosto e atingindo a escatologia – e aqui isso não é uma crítica, mas um elogio.

Uma onda de politicamente correto vem atingindo toda a sociedade, em escala mundial, afetando inclusive as artes e o entretenimento. A geração do Iphone pode não saber, mas o Didi de hoje fazia piadas questionando a sexualidade do Dedé há trinta anos.

Se Beber Não Case é claramente uma referência – uma das situações envolvendo uma relação sexual é, coincidentemente, muito semelhante ao que acontece na parte 2 do filme de Todd Phillips –, mas é possível encontrar traços de Austin Powers (como na cena de abertura, com o jogo de sombra no telão) e até do humor de Sacha Baron Cohen.
  
No entanto, Cilada.com, dirigida por José Alvarenga Jr. (Divã, Os Normais), mantém as características próprias graças ao humor esperto e rápido de Mazzeo, que vem se mostrando um ótimo comediante. Os diálogos são hilários e os personagens e acontecimentos arrancam risadas, mesmo que para isso tenha que mostrar o enorme corpo nu de Serjão Loroza ou imaginar como seria uma sessão de terapia em grupo para homens com ejaculação precoce. 

Não é um humor inteligente (os efeitos da internet e a invasão da privacidade poderiam ser melhor explorados) e, por se tratar de uma comédia romântica, é previsível, mas Cilada.com cumpre seu papel e faz rir. E bastante. É bom saber que Chico Anysio deixou um substituto à altura.


Um comentário:

  1. Critica muito ruim, alguem que ja viu mais que 10 filmes já viu todas as piadas deste filme, um dois piores do cinema brasileiro dos ultimos anos

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