quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CLUBE DA LUTA - Resenha


Não se engane pelo título. Clube da Luta é muito mais do que um filme sobre marmanjos se esmurrando. Com uma direção rápida, narração em off, tema subversivo, e muito sarcasmo, o diretor David Fincher deu ao mundo um pouco de controvérsia para ser discutida.

O roteiro nos apresenta um homem bem sucedido financeiramente (Edward Norton), mas que não consegue encontrar a felicidade. Procura, então, preencher seu desgosto comprando tudo que vê pela frente – uma crítica ao consumismo americano, como em uma de suas frases: “Que tipo de porcelana me define como homem?” –, ou então frequentando grupos de auto-ajuda como o Alcoólatras Anônimos, mesmo ele não tendo nenhum problema com bebida.

 Sua vida muda quando ele conhece Tyler Durden (Brad Pitt), um homem misterioso e com um estilo de vida completamente diferente do seu. Após algumas cervejas, trocam alguns socos e acabam descobrindo que o melhor tipo de auto-ajuda é a auto-destruição. Criam, então, o secreto Clube da Luta, onde os integrantes se juntariam para lutar apenas por esporte. O problema é que a ideia acaba dando certo e ganha proporções enormes, pois surge um “clube da luta” em cada cidade do país.

Sem que você perceba, o filme estará criticando o estilo de vida americano, as consequências do capitalismo selvagem, terrorismo, intervenção urbana... e você vai se perguntar: “peraí, não era um filme sobre luta???”. Preste atenção, também, à interpretação de Brad Pitt, ótimo como o revolucionário Tyler Durden, e à linguagem visual do diretor David Fincher, que dirigiu Seven – Os Sete Crimes Capitais, O Curioso Caso de Benjamim Button e o recente A Rede Social.

Poucas vezes um estúdio se arrisca a produzir um filme com tanto conteúdo polêmico e subversivo como em “Clube da Luta”. É diversão com filosofia. Para assistir e refletir.

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